Informação sobre leishmaniose, causas, sintomas e tratamento da leishmaniose, identificando os diversos tipos, como leishmaniose visceral e outras


Tratamento das Leishmanioses

Antes de se considerar o tratamento, o primeiro passo a dar é certificar se o diagnóstico está correto. As decisões de tratamento devem ser individualizadas. Exemplos de fatores a serem considerados incluem a forma de leishmaniose, as espécies de Leishmania que a causaram, a potencial gravidade do caso, e a saúde subjacente do paciente.
Geralmente, as feridas cutâneas de leishmaniose cutânea curam por conta própria, mesmo sem tratamento. Mas isso pode levar meses ou mesmo anos, e as feridas podem deixar cicatrizes feias. Outra preocupação potencial aplica-se a alguns (não todos) tipos de parasita encontrados em partes da América Latina. Alguns tipos podem espalhar-se a partir da pele e causar feridas nas membranas mucosas do nariz (a localização mais comum), boca ou garganta (leishmaniose mucosa). Leishmaniose mucosa pode não ser notada até anos após as feridas originais terem cicatrizado. A melhor maneira de prevenir a leishmaniose mucosa é garantir o tratamento adequado da infecção cutânea.

Se não forem tratados, normalmente, os casos graves (avançados) de leishmaniose visceral são fatais.

Antimoniato de N-metil-glucamina (Glucantime) (droga de 1a escolha)

Os antimoniais pentavalentes são indicados para o tratamento de todas as formas de leishmaniose tegumentar, embora as formas mucosa e mucocutânea exijam maior cuidado, por apresentarem respostas mais lentas e maior possibilidade de recidivas. Visando padronizar o esquema terapêutico, a OMS recomenda que a dose deste antimonial seja calculada em mg/SbV/Kg/dia, em que SbV significa antimômio pentavalente. O antimonial - N- metil glucamina, apresenta-se, comercialmente, em frasco de 5ml, que contém 405mg do antimônio pentavalente (SbV - antimônio pentavalente) e cada ml contém 81 mg de SbV. Não havendo resposta satisfatória com o tratamento pelos antimoniais pentavalente, as drogas de segunda escolha são a Anfotericina B e a Pentamidina.

1 Uso na Leishmaniose Tegumentar (LTA)

a) Lesões Cutâneas: a dose recomendada é de 15mg SbV/Kg/dia para o adulto (máximo 3 ampolas por dia) durante 20 dias consecutivos. Se não houver cicatrização completa após 12 semanas do término do tratamento, o esquema deverá ser repetido apenas uma vez. Em caso de não haver resposta, utilizar uma das drogas de segunda escolha. Na forma difusa, as recidivas podem ser frequentes, sendo necessário encaminhar o paciente para serviços especializados.
b) Lesões Mucosas: em todas as formas de acometimento mucoso, a dose recomendada é de 20mg/SbV/Kg/dia (máximo 3 ampolas por dia), durante 30 dias consecutivos. Se não houver cicatrização completa após 12 semanas do término do tratamento, o esquema deverá ser repetido apenas uma vez. Em caso de não haver resposta, utilizar uma das drogas de segunda escolha.

2. Uso na Leishmaniose Visceral

O esquema terapêutico recomendado é o antimoniato N-metil-glucamina na dose de 20 mg de Sbv Kg/dia, por via endovenosa ou intramuscular, com limite máximo de 3 ampolas/dia, por no mínimo 20 e no máximo 40 dias consecutivos. Deve-se fazer acompanhamento clínico e laboratorial do caso. Alguns pacientes são resistentes ao Glucantime e devem ser tratados com medicamentos de segunda escolha.
Os casos moderados e graves de leishmaniose visceral devem ser internados e tratados em hospitais de referência. Os casos leves podem ser tratados ambulatorialmente.