Informação sobre leishmaniose, causas, sintomas e tratamento da leishmaniose, identificando os diversos tipos, como leishmaniose visceral e outras


Leishmaniose Tegumentar Americana

A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença que afeta pele e mucosa (nariz e boca) provocando feridas. É transmitida
através da picada de insetos (flebótomos) conhecidos “como mosquito palha” que possuem o agente causador (leishmania) no seu organismo. Os flebótomos vivem em lugares úmidos com mata e tem o hábito de picar no inicio da manhã, no final da tarde e durante a noite.
A leishmania vive no organismo de alguns animais silvestres (ratos, tatus, gambás,...). Os flebótomos ao picarem estes animais adquirem a leishmania tornam-se capazes de transmiti-la para novos animais silvestres, para o homem e para alguns animais domésticos (cães, cavalos, gatos).
O homem e os animais domésticos ao serem picados podem adoecer, mas não são capazes de transmitir a leishmania para novos flebótomos e outros animais.

A lesão cutânea de inoculação surge após um período de incubação médio de 30 dias, variando entre 15 dias e 6 meses.

Manifestações Clínicas
1. - Lesões Cutâneas: Na maioria das vezes, a doença apresenta-se como uma lesão ulcerada única, com bordas elevadas, em moldura, geralmente indolor. O fundo é granuloso, com ou sem exsudação. As formas localizada e disseminada costumam responder bem à terapêutica tradicional. Na forma difusa, bem menos frequente, as lesões são papulosas ou nodulares, deformantes e muito graves, distribuindo-se amplamente na superfície corporal, podendo assemelhar-se à hanseníase Virchowiana. A forma difusa geralmente evolui mal, por não responder adequadamente à terapêutica.
2. - Lesões Mucosas: a apresentação mucosa da leishmaniose tegumentar americana é, na maioria das vezes, secundária às lesões cutâneas, surgindo geralmente meses ou anos após a resolução das lesões de pele. São mais freqüentemente acometidas as cavidades nasais, seguidas da faringe, laringe e cavidade oral. Portanto, as queixas mais comuns no acometimento nasal são obstrução, epistaxe, rinorréia e crostas; da faringe, odinofagia; da laringe, rouquidão e tosse; da cavidade oral, ferida na boca. Ao exame clínico, pode-se observar nas mucosas atingidas infiltração, ulceração, perfuração do septo nasal, lesões ulcerovegetantes, ulcero-crostosas em cavidades nasal, ulcero-destrutivas.
O diagnóstico precoce de lesão mucosa é essencial para que a resposta terapêutica seja mais efetiva e sejam evitadas as seqüelas deformantes e/ou funcionais.